terça-feira, 17 de julho de 2012

Alô?

Eram 17h. Ela estava sentada na varanda, a fumar um cigarro e a ver as crianças brincar no fundo da rua quando tocou o telemóvel. Era ele, de novo. Decidiu atender.
- Que é? 
-Não desligues por favor. 
-Não quero falar contigo! 
-Ouve-me só, por favor. 
-Fala, mas despacha-te. Estou ocupada. 
- Eu mudei tanto por ti Maria. Eu nunca estava em casa, saía todos os dias houvessem ou não houvessem festas, conseguia embebedar-me dia-sim dia-sim e deixei de o fazer por ti. Eu era o tipo de rapaz que mal via uma rapariga jeitosa, não me escapava. Não te vou mentir, eu nem o nome delas queria saber mas contigo foi diferente. Eu queria-as a todas, não me interessava  se estava hoje com uma e amanhã com outra. Mas conheci-te a ti e tu fizeste-me ver que as coisas não devem ser assim, eu estou mudado. Prometo que não te vou voltar a trocar por uma noite com os rapazes, nem vou continuar a meter-me com outras mulheres. Só te quero a ti, prometo que te vou levar ao cinema, vou-te oferecer flores e chocolates, vou-te dar tudo aquilo que as raparigas querem. Fica comigo princesa.
Ela riu-se:
- Vens tarde demais, já me ofereceram tantas flores que podia ter feito um jardim aqui ao pé de casa.

Sem comentários:

Enviar um comentário