quinta-feira, 15 de maio de 2014

Nem tudo o que parece, é.

Eles.  
Quantas vezes eles já nos fizeram dar voltas e voltas à cabeça e ao estômago por não sabermos o que pensam? Pois bem, a culpa é nossa. Nós não sabemos ou fingimos que não sabemos o que eles nos dizem. 
Essas criaturas que de tão directas que são, nos conseguem confundir tanto. 
Eles. 

Ele, que desviou os olhos e achámos que estava intimidado pela nossa presença. Que ficou calado e pensámos que era a paixão que o deixava sem palavras! Ele que deu de caras connosco naquela rua tão escondida. Devia andar a seguir-nos pela calada. 
Não...  
Afinal ele estava desinteressado, sem assunto e estava mesmo perdido.


terça-feira, 6 de maio de 2014

Um dia.

"No telemóvel nem uma mensagem. Nem uma chamada perdida, ou outra coisa qualquer. Um vazio no ecrã, um vazio por aí. Perco-me de razões com as chamadas que não me fazes, com as mensagens que não me envias, com o desprezo com que me deixas aqui. Tanto tempo que demos um ao outro, tantas vezes que te disse
-Amo-te
Que lhes perco a conta. Não tenho dedos que cheguem para contar todas as vezes que te amei em palavras. Podia multiplicar as mãos, ou os pés, elevar tudo ao máximo expoente possível e mesmo assim não conseguiria dar-te uma resposta concreta. Não te conseguiria dar mais. Nem mais, nem menos. Não que me arrependa. Claro que não me arrependo. Continuo a amar-te porque ninguém desliga os sentimentos no interruptor do coração."
Tudo acaba (um dia).

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

O "amor".

Ele disse hoje que te ama.
Tudo bem, ele ama-te.

Tu respondeste-lhe de volta um também te amo entre dentes. 
Perfeito, assunto encerrado. 

E agora? Sabes que és amada. Essa palavra que tu tanto ansiaste finalmente saiu daquela boca quase perfeita.  
Escorregas-te para dentro das almofadas e olhavas as paredes douradas do teu quarto. Nem uma reacção. O teu corpo, a tua cabeça, o teu coração...não sentiu absolutamente nada. 

É isto? As borboletas na barriga,o sorriso que deveria ficar durante todo o dia - onde está? 

Saber que se é amado é uma coisa. Sentir-se amado é outra completamente diferente. Tu, sabes que és amada. Soubeste hoje. Nada aconteceu. 

O amor requer mais. Mais do que beijos, mais do que sexo e mais do que um amo-te de vez em quando. O amor é como um pacto. Não um pacto que se possa ver ou tocar mas um pacto silencioso, um pacto de eternidade mesmo que as duas pessoas não permaneçam juntas. 

Tu já fizeste esse pacto.
Não com ele que te faz saber que és amada. Não. 
 
Com outra pessoa. Aquele que quando os vossos olhares se encontram tu sorris envergonhada e sentes que podias ficar horas a olhar para ele. Aquele que sorri delicadamente quando estás chateada e te acalma. Aquele que tem tanta cumplicidade contigo que qualquer desconhecido poderia notar o amor entre vós. 
Quem se preocupa quando vais sozinha de noite para algum lado. Quem telefona todos os dias só para saber como estás. Quem viaja 200km para se certificar de que estás melhor da constipação que tinhas. 

Tu és amada e quase não o sentias...estavas tão ocupada à espera de o saberes, que o Amor te ia passando ao lado. 

Lembra-te sempre...
 Um amo-te não diz tudo.