quinta-feira, 15 de maio de 2014

Nem tudo o que parece, é.

Eles.  
Quantas vezes eles já nos fizeram dar voltas e voltas à cabeça e ao estômago por não sabermos o que pensam? Pois bem, a culpa é nossa. Nós não sabemos ou fingimos que não sabemos o que eles nos dizem. 
Essas criaturas que de tão directas que são, nos conseguem confundir tanto. 
Eles. 

Ele, que desviou os olhos e achámos que estava intimidado pela nossa presença. Que ficou calado e pensámos que era a paixão que o deixava sem palavras! Ele que deu de caras connosco naquela rua tão escondida. Devia andar a seguir-nos pela calada. 
Não...  
Afinal ele estava desinteressado, sem assunto e estava mesmo perdido.


terça-feira, 6 de maio de 2014

Um dia.

"No telemóvel nem uma mensagem. Nem uma chamada perdida, ou outra coisa qualquer. Um vazio no ecrã, um vazio por aí. Perco-me de razões com as chamadas que não me fazes, com as mensagens que não me envias, com o desprezo com que me deixas aqui. Tanto tempo que demos um ao outro, tantas vezes que te disse
-Amo-te
Que lhes perco a conta. Não tenho dedos que cheguem para contar todas as vezes que te amei em palavras. Podia multiplicar as mãos, ou os pés, elevar tudo ao máximo expoente possível e mesmo assim não conseguiria dar-te uma resposta concreta. Não te conseguiria dar mais. Nem mais, nem menos. Não que me arrependa. Claro que não me arrependo. Continuo a amar-te porque ninguém desliga os sentimentos no interruptor do coração."
Tudo acaba (um dia).