terça-feira, 6 de maio de 2014

Um dia.

"No telemóvel nem uma mensagem. Nem uma chamada perdida, ou outra coisa qualquer. Um vazio no ecrã, um vazio por aí. Perco-me de razões com as chamadas que não me fazes, com as mensagens que não me envias, com o desprezo com que me deixas aqui. Tanto tempo que demos um ao outro, tantas vezes que te disse
-Amo-te
Que lhes perco a conta. Não tenho dedos que cheguem para contar todas as vezes que te amei em palavras. Podia multiplicar as mãos, ou os pés, elevar tudo ao máximo expoente possível e mesmo assim não conseguiria dar-te uma resposta concreta. Não te conseguiria dar mais. Nem mais, nem menos. Não que me arrependa. Claro que não me arrependo. Continuo a amar-te porque ninguém desliga os sentimentos no interruptor do coração."
Tudo acaba (um dia).

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