quarta-feira, 20 de junho de 2012

Obrigada meu querido.

Sentei-me em frente da televisão.
 Mudei quinhentas vezes de canal, desliguei e liguei, deitei-me no sofá, troquei de posição e finalmente acomodei-me. Aqui estou eu, o dia inteiro em pijama e de óculos. 
Recuso-me a pensar no que quer que seja. Tenho que me manter ocupada, de manter a minha cabeça ocupada para não pensar em ti.  Cansei-me da televisão, liguei o portátil e  estive deitada com ele á minha frente. E agora faço o quê?  O meu corpo precisava de outra coisa... Pensei em levantar-me e ir nadar ou ir correr. Mas não era isso, não era exercício o que precisava. Continuei deitada.
Infelizmente aquela procura, aquela vontade não passou até que eu percebi do que precisava - de um abraço.
Precisava de sentir o aconchego e o calor de um abraço. Precisei de mimo e de atenção naquele momento e vi-me sozinha na sala. 
Foi aí que tu me procuraste... Como se gritasses o meu nome, como se chamasses por mim. Tinha-te esquecido na cama, envolto pelos lençóis. Fui ao quarto, e vi-te lá exactamente onde te tinha deixado.
Tirei um cigarro do maço, praguejei por continuar com este vício mas tive tanta certeza.... Não é a mesma coisa, mas ajuda muito.

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